A próxima coisa que apresento é um skate eléctrico, um pouco diferente.
Escolhi de inicio a configuração de três rodas sendo a tracção colocada na roda única.
Como foi a minha primeira experiência com um motor eléctrico, escolhi um motor “antigo”, de escovas, com 250W 24V.
Utilizei no 1º quadro que fiz peças de skate (rodas e sistema de direcção)
A roda traseira era fixa
A prancha foi comprada nos chineses (como tinha quadro a estrutura era resistente)
Coloquei o motor, baterias e centralina sobre a roda traseira.
O travão foi uma das maiores dificuldades. Como tinha arranjado uma pinça de travão de disco, fiz o disco em inox.
Era um sistema muito estável, aliás demasiado estável, o ângulo de viragem era cerca de 8 metros o que tornava muito difícil andar em parques e terra batida era impossível com as rodas de skate.
Assim decidi fazer umas alterações:
1º Passar as baterias para debaixo da prancha, pelo que tive de alterar o quadro e fazer uma “caixa”.
2º Para aumentar o ângulo de viragem tinha de tornar o eixo de trás também direccional, ao mesmo tempo sem perder nada da capacidade tracção. Optei por ligar as rodas da frente, onde tinha o sistema de direcção de skate, com a parte de trás em que fiz um sistema direccional. Quando a frente vira para um lado, os cabos, que estão cruzados, obrigam a parte traseira a virar como se fossem um volante, de forma a descrever o resto da trajectória
Pormenor da roda da frente com o sistema de skate e cabos.
Roda de trás
3º A tracção manteve-se na roda embora tivesse mudado ligeiramente o motor que passou a trabalhar sobre a roda de forma a privilegiar um maior equilíbrio do conjunto, mantive o travão de disco por ser funcional e equilibrado.
4º Acrescentei interruptor On/Off e um led para saber se está ligado sem ter de carregar no acelerador, este pormenor revelou-se importante porque como o motor é eléctrico e não faz barulho nunca sabemos quando está ligado
Ficou assim.
Vira em 1,50 mts, limitei a velocidade a 15 kmh, vive bem em terra batida.
Nas minhas máquinas tenho sempre a preocupação de colocar o material o mais apropriado possível, assim como parafusos da dureza correcta (fixação 4.9 e 8.8, para eixos 12.9). Para as soldaduras uso um inverter 110 A, pequeno e prático, solda metais ferrosos e inox.
Uma vez decidido o que fazer e como, as prioridades são: encontrar as peças (e a bom preço), verificar o que tem de ser dobrado e como pode ser feito, saber o que vai ser feito em termos de soldaduras e parafusos, de forma a ser mais prático.
Evidentemente que a solução nem sempre é a mais correcta, mas a insistência gera maquinas cada vez mais próximas do imaginado e o maior gozo é o caminho.
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