segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Skate Electrico

A próxima coisa que apresento é um skate eléctrico, um pouco diferente.

Escolhi de inicio a configuração de três rodas sendo a tracção colocada na roda única.
Como foi a minha primeira experiência com um motor eléctrico, escolhi um motor “antigo”, de escovas, com 250W 24V.
Utilizei no 1º quadro que fiz peças de skate (rodas e sistema de direcção)

A roda traseira era fixa




A prancha foi comprada nos chineses (como tinha quadro a estrutura era resistente)

Coloquei o motor, baterias e centralina sobre a roda traseira.





O travão foi uma das maiores dificuldades. Como tinha arranjado uma pinça de travão de disco, fiz o disco em inox.
Era um sistema muito estável, aliás demasiado estável, o ângulo de viragem era cerca de 8 metros o que tornava muito difícil andar em parques e terra batida era impossível com as rodas de skate.

Assim decidi fazer umas alterações:


1º Passar as baterias para debaixo da prancha, pelo que tive de alterar o quadro e fazer uma “caixa”.

2º Para aumentar o ângulo de viragem tinha de tornar o eixo de trás também direccional, ao mesmo tempo sem perder nada da capacidade tracção. Optei por ligar as rodas da frente, onde tinha o sistema de direcção de skate, com a parte de trás em que fiz um sistema direccional. Quando a frente vira para um lado, os cabos, que estão cruzados, obrigam a parte traseira a virar como se fossem um volante, de forma a descrever o resto da trajectória
Pormenor da roda da frente com o sistema de skate e cabos.




Roda de trás





3º A tracção manteve-se na roda embora tivesse mudado ligeiramente o motor que passou a trabalhar sobre a roda de forma a privilegiar um maior equilíbrio do conjunto, mantive o travão de disco por ser funcional e equilibrado.




4º Acrescentei interruptor On/Off e um led para saber se está ligado sem ter de carregar no acelerador, este pormenor revelou-se importante porque como o motor é eléctrico e não faz barulho nunca sabemos quando está ligado


Ficou assim.









Vira em 1,50 mts, limitei a velocidade a 15 kmh, vive bem em terra batida.


Nas minhas máquinas tenho sempre a preocupação de colocar o material o mais apropriado possível, assim como parafusos da dureza correcta (fixação 4.9 e 8.8, para eixos 12.9). Para as soldaduras uso um inverter 110 A, pequeno e prático, solda metais ferrosos e inox.

Uma vez decidido o que fazer e como, as prioridades são: encontrar as peças (e a bom preço), verificar o que tem de ser dobrado e como pode ser feito, saber o que vai ser feito em termos de soldaduras e parafusos, de forma a ser mais prático.

Evidentemente que a solução nem sempre é a mais correcta, mas a insistência gera maquinas cada vez mais próximas do imaginado e o maior gozo é o caminho.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Trotinete - A gasolina 50cc

Todas as minhas ideias se destinam a cumprir um fim, seja uma necessidade ou um sonho.

A primeira "coisa" que apresento é uma maquina, cuja ideia inicial surge da necessidade de fazer pequenas deslocações nas proximidades de casa. De referir que vivo no campo, cercado de estradas de terra batida.

Todas as ideias nascem num caderno, numa base ideal e depois, à medida que encontro os diversos materiais vou adaptando o desenho original.
Enquanto procurava os materiais para fazer a "coisa" decobri numa sucata, perto de Leiria, uma velha Yamaha CT50 que tinham sofrido um embate lateral e tinha o quadro completamente torto, todos os plasticos estavam partidos, mas o motor estava intacto

Como vinha em muito mau estado a minha ideia era só aproveitar o motor e adquirir todas as outras peças, mas acabei por integrar partes do quadro, rodas, coluna de direcção, jantes e travões. O motor, com algum esforço, acabou por trabalhar.
Confesso que não tirei fotos desta fase, sendo esta a minha construção menos documentada. As primeiras fotos foram tiradas quando estava numa fase de pre-construção (mas já funcional).



Ainda durante a fase em que a ideia era desenvolvida, senti que precisava de corrigir o aspecto fisico pelo que fiz uma serie de alterações.

Posteriormente e após me certificar que a ideia funcionava, desmontei tudo, corrigi todas as soldaduras, pintei á pistola e voltei a montar.

Actualmente, é uma maquina muito utilizada, tem um aspecto mais "de compra" embora aqui e ali se note que teve origem em materiais que já sofreram muito.

O aspecto final



Vista geral do motor, filtro de ar e grades de protecção lateral, uma forma de transmitir uma impressão de largura e proteger motor e filtros.



Poisa pés, esta estrutura foi integralmente feita e revista varias vezes, sendo a parte mais importante para a estabilidade geral, de notar que no total acrescentou mais 45 cm ao comprimento da mota.



Painel de instrumentos com comando de luzes, ignição e todas as funções da chave, fiz em chapa de inox e pensei em forrar de neopren (material dos fatos de mergulho), que não consegui arranjar, pelo que fiz numa espuma plastica e parece-me que o efeito foi conseguido.


Promenor da roda da frente, completamente refeito (à marretada e maçarico)



Se repararem já tem uma camada de pó. É simples, estável, pratica e tem um tempo de adaptação extremamente curto para o condutor. Vai a todo o lado e gasta pouco.

Este foi o meu 1º post, foi de uma maquina que demorou cerca de 1 ano a completar.